A educação inclusiva parte do princípio fundamental de que toda criança tem direito à educação e oportunidade de atingir um nível adequado de aprendizagem, porém, nem sempre ela é alcançada em sua plenitude porque os desafios da inclusão escolar no cotidiano da escola regular ainda são muitos.
Para debater a inclusão de crianças especiais em sala de aula, com o plenário cheio, a Câmara de Sorriso promoveu nessa terça-feira uma audiência pública com a sociedade. A reunião foi idealizada e conduzida pelo presidente da Casa, vereador Leandro Damiani (PSDB).
Além de pais e educadores, participaram das discussões os promotores de Justiça Marcio Florestan e Maysa Fidelis, a secretária municipal de Educação, Lucia Drescheler, representantes de entidades ligadas às crianças com deficiência, do CEMAIS – Centro Municipal de Apoio à Inclusão da Educação Especial de Sorriso e vereadores.
Segundo dados da Secretaria Municipal de Educação, atualmente 257 alunos com algum tipo de deficiência, seja ela intelectual, mental, física, auditiva, visual ou múltipla, estão matriculados na rede municipal de Educação. Com laudo médico, são 122 diagnosticados com transtorno do espectro autista (TEA).
Na audiência, a partir do relato de pais sobre as dificuldades que enfrentam para que seus filhos tenham acesso a todos os direitos garantidos por lei, foi discutida a proposta de criação de um centro multidisciplinar para atender esse público, entre outras necessidades como ampliação da oferta de atendimento especializado.
Para Damiani, a audiência foi o primeiro passo para a efetivação de importantes ações. “Vamos encaminhar essas reivindicações às autoridades competentes e discutindo com o prefeito Ari Lafin a possibilidade de construção desse centro especializado em Sorriso”, finalizou.