A comunidade compareceu na última sexta-feira (15.08) ao segundo ciclo de palestras do Seminário que teve como tema: Impulsionar e planejar o desenvolvimento econômico do distrito de Boa Esperança.
A primeira palestra da noite ficou por conta do presidente da Associação Matogrossense de Apoio às Áreas Emancipandas e Anexadas (Amaea), Nelson Salim Abdala, que abordou os temas emancipação política e ferrovia Mato Grosso, Pará e Tocantins.
A aprovação da matéria que tramita no Congresso Federal para emancipação de distritos foi votada pelo Senado pela quarta vez e segue para sanção da presidente. Segundo Salim, para a emancipação são necessárias algumas exigências, como estudo de viabilidade e número mínimo de 6 mil habitantes, dentre outros requisitos.
“Esta comunidade reivindica há anos sua emancipação e o futuro nunca esteve tão próximo. Depois de um longo caminho percorrido, Boa Esperança está maduro para se tornar município. Renda, produção e eleitores vocês têm, talvez o único desafio seja o número de habitantes. Porém, se for necessário o IBGE deverá fazer uma nova contagem, levando em conta toda a área que compreende o futuro município”, disse.
O palestrante chamou a população à responsabilidade, para que participem mais assiduamente do processo. “Precisamos fazer um grande esforço para atingirmos esse objetivo e não nos furtaremos ao trabalho neste sentido. Tornando-se município vocês terão ganhos importantes, pois terão poder econômico para construir creches, escolas, PSF’s, asfaltamento. Será o desenvolvimento econômico e social deste local”, salientou.
PROJETO DE PAVIMENTAÇÃO - O segundo tema debatido da noite foi o projeto de pavimentação da rodovia MT-140, explanado pelo presidente da Associação dos Beneficiários da Rodovia MT-140, Norival Rico Filho. O trajeto tratado foi o trecho do Rio Teles Pires, passando pelos distritos de Boa Esperança e Piratininga, até ligar-se a Rodovia MT-242.
O palestrante apresentou aos moradores um histórico dos trabalhos realizados até o momento, número de estradas pavimentadas em Mato Grosso, dados sobre produção e projeções futuras, a precariedade logística do Estado, comparativos de distâncias e orçamentos previstos para a manutenção de estradas.
A definição do traçado da rodovia foi a questão mais debatida pela comunidade, por haver divergências quanto ao trajeto que passará por Boa Esperança. Cogitou-se, em determinado momento, a possibilidade de mudança do traçado da rodovia, ficando distante alguns quilômetros do distrito. Contudo, esta questão ficou resolvida, restando somente aos moradores decidir por duas alternativas, onde optou-se pelo traçado original da rodovia, com uma pequena alteração, margeando também o distrito pela rua dos Angelins, seguindo para o distrito de Piratininga.
“Foi muito importante a vinda do presidente da Associação ao distrito para que pudéssemos definir esta questão importante para que o projeto possa seguir em frente. Essa discussão era necessária. Hoje chegamos a um consenso e agora a Associação poderá dar início ao trabalho de arrecadação dos recursos para que esta rodovia aconteça. Além de ser um canal de escoamento de safra, a rodovia deverá também impulsionar o desenvolvimento do distrito e das cidades próximas”, finalizou o vereador Marlon Zanella (PMDB), autor da iniciativa de realização do Seminário.