Atendendo ao requerimento nº. 100/2013, de iniciativa do vereador Hilton Polesello (PTB) e subscrito pela bancada de situação, o secretário municipal de Saúde e Saneamento, Marciano José Cé se pronunciou durante a sessão de ontem (04.06), para prestar esclarecimentos sobre assuntos relacionados à saúde pública no Município.
Em tribuna, apresentou as ações realizadas pela secretaria de Saúde nos quatro primeiros meses do ano, como o número de atendimentos realizados de janeiro a abril, consultas de especialidades médicas, exames e procedimentos e as notificações de dengue.
Após sua explanação, o chefe da pasta respondeu questionamentos dos parlamentares.
No que tange ao atendimento médico, o vereador Vergílio Dalsóquio (PPS) questionou sobre a falta de profissionais nos distritos e no Assentamento Jonas Pinheiro – Poranga e qual a previsão para contratação. Segundo o secretário, os distritos de Boa Esperança e Primavera já estão sendo atendidos e a Poranga terá médico a partir da próxima semana. “Tivemos a preocupação em levar profissionais qualificados e experientes para o interior, agilizando os atendimentos e diminuindo a necessidade de translado de pacientes para a sede do Município”, explicou.
Para o assentamento, o secretário informou que já foi pedida a construção de uma Unidade da Família. “Pedimos para ser o primeiro PSF a ser construído por esta gestão. Os moradores da Poranga merecem, pela dificuldade de locomoção”.
O líder de oposição, vereador Dirceu Zanatta (PMDB) cobrou o que a secretaria esta fazendo para sanar o problema da falta de medicamentos na rede básica e sobre a proposta de governo da atual administração para instalação de farmácias em todos os PSF’s. “Muitas vezes nós temos os medicamentos, mas há dificuldade de locomoção, como no caso dos distritos. O que acontece são atrasos normais na entrega destes medicamentos”, justificou o secretário. Quanto às farmácias nos PSF’s, Marciano disse que existe a possibilidade de alguns medicamentos irem para as unidades de saúde, mas alguns precisam de um maior controle.
O secretário foi questionado também sobre a demora nas consultas. “Pegamos uma grande demanda reprimida, como por exemplo urologia com mais de 1.500 pessoas na fila. Mas, não podemos somente fazer consultas, é necessário acompanhamento para termos resolução dos problemas”, alegou Marciano.
Irmão Fontenele (DEM) interrogou sobre o acúmulo de pacientes no UPA – Unidade de Pronto Atendimento. “Sabemos que tem aumentado muito o número de atendimentos no UPA, mas não podemos deixar de atender quem vai até lá. Somos conscientes de que precisamos fazer PSF, prevenção e zelo pela saúde. Mas, ninguém vai sair sem atendimento do UPA”, garantiu.
O vereador Marlon Zanella (PMDB) cobrou o atendimento especializado que a administração prometeu aos distritos e questionou se há planejamentos neste sentido. “Vamos buscar cumprir nossas promessas de campanha, porque fazem parte do plano de governo da administração. São propostas de trabalho a serem concretizadas. Já tivemos muitos ganhos, não tínhamos, por exemplo, pediatra na rede e hoje são quatro médicos atendendo e levaremos esses profissionais para os distritos também”, reforçou.
A vereadora Jane Delalibera (PR) cobrou do secretário a necessidade de diálogo com os servidores para saber o que realmente é preciso ser feito para melhorar a saúde no Município. “Precisamos priorizar saúde. Temos hoje o quadro completo de especialidades e recursos financeiros, mas falta resolução", disse Jane.
O secretário justificou que nos três primeiros meses do ano a equipe da secretaria precisou fazer relatórios da gestão passada para que o Município não perdesse recursos estaduais e federais, mas que essas conversas já estão sendo feitas com os profissionais da área.
Quando questionado sobre os atrasos nas cirurgias eletivas desde 2010, Marciano disse que a demanda é enorme e a oferta irrisória, mas que a secretaria esta fazendo gestão no sentido de diminuir a fila de espera. “Conseguimos em Cuiabá resultados bons neste sentido. Mas, não podemos prometer algo que não conseguimos realizar. Esse, infelizmente, é o grande gargalo da saúde em nosso Município hoje”, finalizou.