Apresentada na sessão ordinária desta segunda-feira (15.07), a indicação de autoria do vereador Vergilio Dalsóquio (PPS) aponta ao Poder Executivo a necessidade de se construir em Sorriso uma casa de repouso para idosos.
A intenção é proporcionar um local adequado e seguro aos idosos abandonados e isolados do convívio social.
Conforme o parlamentar, a casa abrigaria os incapacitados com dificuldades de prover o próprio sustento e as vítimas de abandono, violência e maus tratos no âmbito familiar. “Com a implantação desta casa de repouso, nossos idosos estariam sob os cuidados de pessoas responsáveis e de bem, que proporcionariam uma vida melhor, com carinho, alimentação, lazer, bem estar e saúde”, acrescenta.
A indicação, subscrita pelos demais vereadores da bancada de situação, será encaminhada às secretarias de Assistência Social e de Obras e Serviços Urbanos.
DADOS – Um estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgado em novembro passado mostra que existem no Brasil cerca de 23 milhões de pessoas com mais de 65 anos, o que equivale a 10% nossa população.
De acordo com dados do Censo, realizado pelo IBGE em 2011, são quase 3 milhões que morando sozinhos. Segundo a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, isso ocorre porque as famílias diminuíram e os responsáveis pelos cuidados com os mais velhos estão no mercado de trabalho.
VIOLÊNCIA - Assim como cresce o número de idosos, a violência contra a pessoa idosa no âmbito familiar é um problema que se agrava e se estende, gradativamente, nos dias atuais.
Segundo relatório do Ministério da Saúde divulgado em 2010, a maioria dos episódios de violência contra idosos ocorreu no domicílio (78,8%) e mais da metade das vítimas referiu que já tinha sido violentada previamente (53,6%). A maioria dos eventos de violência contra idosos foi causada por agressores do sexo masculino (66,4%), com proporção significativamente mais elevada entre os homens (72,1%). Os agressores eram, em sua maioria, filhos (32,2%), pessoas desconhecidas (15,6%), parceiros conjugais (13,9%) e outras pessoas conhecidas pela vítima (11,8%).