Um dos diretores da concessionária explicou o cálculo das tarifas e descartou alterações nos valores
Num trecho de 855 quilômetros da BR-163, em Mato Grosso, foram instaladas nove praças de pedágio. Cada uma com valores diferenciados.
A tarifa de R$ 6,10 cobrada na praça instalada no Km 766, da BR -163, entre Sorriso e Sinop, é a mais alta. Em Lucas do Rio Verde, o valor é bem menor: R$ 4,30. Em Nova Mutum, o usuário paga ainda mais barato: R$ 3,30 por eixo.
Na busca de informações e de uma possível redução na tarifa, a Câmara de Sorriso está encabeçando uma série de ações.
Na manhã desta terça-feira (6), o diretor de relação institucional da concessionária Rota do Oeste, Adherbal Veira, explicou para vereadores e representantes de entidades porque a empresa não pode mexer no valor da tarifa e nem isentar os agricultores do Assentamento Poranga do pagamento. “Seguimos o que está no contrato com Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) que calculou os valores a partir da quilometragem e localização das praças. Como os investimentos foram feitos a partir desses números, não podemos isentar ninguém dessas tarifas, a menos que a Prefeitura, por exemplo, arque com essa diferença”, explicou.
Quanto às obras de duplicação que estão previstas para o trecho de Sorriso somente em meados de 2018, os vereadores sugeriram a inversão dos canteiros de obras que seguem no sentido Sul-Norte como forma de compensar o pedágio mais caro. Porém, Adherbal também descartou essa possibilidade. “Esse cronograma também já foi definido em contrato pela ANTT”, completou.
Diante das explicações, o vereador Hilton Polesello (PTB) disse que a Câmara de Sorriso continuará seu trabalho em busca dos contratos que definiram os valores, bem como os seus aditivos. “Nós entendemos que os valores dos pedágios devam ser rateados entre todas as praças. Nós temos que pensar na rodovia como um todo, ou seja, nos 855 quilômetros, porque como está, a sociedade de Sorriso é a que está pagando bem mais”, frisou o parlamentar, adiantando que em parceria com a OAB e entidades o Legislativo buscará uma tarifa mais justa.